sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Dessa viajem eu me recordo como se fosse um sonho, tão longe e esquecido quanto. Sentindo aquele arrepio percorrer todo meu corpo, quando finalmente pude ver aquele céu azul e aberto com apenas algumas nuvens espalhadas, aquela vista foi me apresentado por uma linda criatura, suas escamas não eram frias e seu olhar nada aterrorizador, diferente do que falam de dragões, era um companheiro que parecia poder me levar para onde meus sonhos sempre quiseram chegar.
Esse mundo cheio de mistérios estava a minha frente, fazendo meu corpo se mexer sozinho querendo que eu o explora-se, não tive outra escolha a não ser seguir em frente com os olhos atentos ao novo, a cada paço me surpreendia com uma sensação ou uma visão do desconhecido, a sensação da nostalgia de algo que nunca vimos, nada mais é do que o destino falando com você e te avisando que você deve procurar, não se sabe o que até achar.
Nunca se sabe como chegamos a outro mundo, nem se sabe se é longe ou ao lado do nosso, as vezes até confundimos com o nosso, mas a verdade é que é algo que esta la por nós, sempre que precisamos, mesmo que vocês não saibam disso.
Essa a viajem que me me abriu os olhos.
Estava "feliz", calmo, tendo problemas cotidianos, vida normal, mas com um vazio que pulsava cada vez que olhava o céu em busca de algo, mas o que seria esse "algo"? A dor de não saber o que falta era maior do que a dor e ter essa falta, família, amigos, namorada, trabalho, festas, brinquedos, roupas, carros, dinheiro, não importasse no que pensava, só me vinha a cabeça que não era nada daquilo, até que cheguei ao ponto de chorar dentro de uma pequena praça que só era conhecida por mim, não consegui ficar parado e comecei a caminhar próximo a parede que estava envolvida por um grande arbusto, caminhava com o olhar tão próximo dela, só a tinha em minha visão, com o desejo de que quando virasse eu pudesse fitar um mundo diferente, não sabia o que, mas queria estar em outro lugar, naquele momento não importava onde ou por quanto tempo, sentia que deveria estar em algum lugar e não era ali. Como um desejo realizado ou um sonho talvez, ao sair de dentro daquele emaranhado de arvores, a minha frente estava uma paisagem como só tinha visto em filmes e imaginados ao ler livros, agora no lugar aonde deveria haver estradas e carros, se via uma cascata que derramava uma água cristalina que caia em um lago, envolvido por uma vegetação diferente do conhecido, o céu era azul como nunca tinha visto, com nuvens bicolor, mas todas em tons claros. O vazio se preenchia aos poucos fazendo lagrimas escorrerem, o ar que respirava, a grama que pisava, o vento que soprava em meu rosto só me dava cada vez mais certeza, não importava aonde eu estava, mas estava no lugar certo, aonde eu devia estar.


(Me perdoe por erro de escrita e de concordância, não releio o que escrevi, só escrevo o que tenho)

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